Chefe do PCC morto pela polícia em MG condenava rivais e aterrorizava cidade com 'tribunal do crime'

  • 03/11/2025
(Foto: Reprodução)
Apontado como chefe do PCC em Prata, 'Jagunço' morreu em confronto com a polícia Redes sociais/Reprodução Principal alvo da operação 'Defensio Vitae', Eduardo da Silva Cortez, conhecido pelo apelido Jagunço, foi morto durante confronto com a polícia em Prata, no Triângulo Mineiro. Segundo a Polícia Civil, ele era investigado por homicídios de rivais e por comandar um 'tribunal do crime' que aterrorizava moradores da cidade com cerca de 30 mil habitantes. Natural de Alagoas, Cortez tinha 24 anos e atuava, há pelo menos, oito como chefe do núcleo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região. Segundo o delegado de Polícia Civil, Fábio Ruz, Jagunço não foi localizado no dia da operação e estava foragido. O investigado era considerado um dos criminosos mais perigosos da região e acumulava uma extensa ficha criminal, com investigações por tráfico de drogas, homicídios qualificados e associação criminosa. Apenas na região de Prata, ele era investigado como mandante de 10 homicídios. Além disso, havia três mandados de prisão preventiva contra ele. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Triângulo no WhatsApp "Prata tem uma extensão territorial gigante, exatamente isso dava a ele a possibilidade de comandar a região sem ser notado. A importância da região no tráfico de drogas também deve ser considerada", comentou Ruz. Morte em confronto na zona rural de Prata A morte de Jagunço ocorreu na última quinta-feira (30), durante uma abordagem policial em uma propriedade rural no distrito de Monjolinho onde ele e outros suspeitos estavam escondidos. De acordo com a Polícia Civil, o criminoso reagiu à ação e disparou contra os agentes, que revidaram. Ele foi baleado, chegou a ser socorrido ao hospital em Campina Verde, mas não resistiu. Na mesma ação, outros três homens foram presos em flagrante. De acordo com o 9º Departamento de Polícia Civil, em Uberlândia, uma investigação em andamento apontou que os investigados estavam escondidos na fazenda havia dias com o objetivo de planejar e executar rivais da organização. Com eles, os investigadores encontraram revólveres de calibre 38, uma submetralhadora de fabricação caseira, uma espingarda, munições e carregadores, radioamadores e duas motocicletas usadas. Ainda conforme a corporação, ele era considerado foragido da Justiça desde 2023 e comandava a facção no município e nas vizinhanças, sendo a palavra final do chamado 'tribunal do crime' do grupo. O terror do 'tribunal do crime' em Prata Conforme as investigações da Operação 'Defensio Vitae', a facção operava uma espécie de 'tribunal do crime' na região de Prata para punir rivais e moradores da região com dívidas de drogas. Na época, o delegado membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disse que a cidade viveu anos sob o domínio do medo, com assassinatos em série, ameaças e execuções. "Foram muitos homicídios nos últimos tempos. As pessoas me falaram que não tinham paz. Estavam vivendo como se fosse em local dominado pelo tráfico, nas grandes cidades. É uma organização criminosa que se estruturou através desse poder de mando, de ameaça e execução de crimes de homicídio e que tinha como finalidade impor o medo à sociedade e à própria população da cidade Prata", disse Ruz. O comandante do 54º Batalhão da PM, major Adivaldo Andrade da Silva, informou que, embora a maioria dos crimes cometidos pela quadrilha esteja relacionada a dívidas do tráfico de drogas na cidade de Prata, também foram identificadas execuções motivadas por casos de abuso sexual cometidos por algumas das vítimas, que eram 'julgadas no tribunal do crime' e mortas pelo grupo. Operação Defensio Vitae mira quadrilha envolvida em homicídios e tráfico LEIA TAMBÉM: Comerciante que movimentou R$ 10 milhões e declarou apenas R$ 5 mil é investigado Operação Escobar: Gaeco cumpre mais de 20 mandados judiciais contra o tráfico de drogas Operação Rota Clandestina bloqueia R$ 60 milhões de facção envolvida com tráfico Zema parabenizou a polícia: 'Operação bem-sucedida' Zema se manifesta após confronto que resultou na morte de 'Jagunço' em MG Redes sociais/Reprodução O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o governador Romeu Zema comentar o desfecho da operação. “A Polícia Civil de Minas deu uma resposta dura ao crime. Parabenizo a @pcmg.oficial pela operação bem-sucedida", escreveu nas publicações. O governador também aproveitou para reforçar o posicionamento do governo estadual contra o avanço do crime organizado em Minas Gerais. “Minas não vai ser quintal de terrorista”, afirmou, ao anunciar o reforço na segurança da fronteira com o estado do Rio de Janeiro. Operação em Prata mata chefe do PCC e apreende armas e munições PCMG/Divulgação VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2025/11/03/chefe-do-pcc-morto-pela-policia-em-mg-condenava-rivais-e-aterrorizava-cidade-com-tribunal-do-crime.ghtml


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